14 de abril de 2013

RJX brilha e leva pela 1ª vez o título brasileiro


O carioca Bruninho ainda nem tinha nascido quando o estado do Rio de Janeiro conquistou pela última vez um título brasileiro no vôlei. Foi em 1981, cinco anos antes de o levantador vir ao mundo. A Superliga tampouco havia sido criada.

Passados 32 anos, e com a competição próxima das duas décadas, o Rio de Janeiro enfim pôde bater no peito e dizer que tem a melhor equipe masculina do País. Neste domingo (14), em um Maracanãzinho repleto de gente e emoção, o RJX encheu os conterrâneos de orgulho ao marcar 3 sets a 1 (15/25, 25/18, 25/18 e 25/14) para cima do Sada Cruzeiro, que tentava o bicampeonato.

Foi o primeiro título de uma equipe fluminense na história da Superliga, dominada nas últimas temporadas por paulistas, mineiros e catarinenses. Foi também o primeiro da recente trajetória do RJX em nível nacional. A partir de agora, o slogan “Sou Rio, sou RJX” pode ganhar também “Sou o melhor do Brasil”.

 SAQUE VIAGEM

AMMA - MARIANA GRANDINI


Sada começa arrasador e leva o primeiro set
Bastaram alguns minutos do primeiro set para RJX e Sada mostrarem que não chegaram à grande final por acaso. Com bons ralis, o confronto começou agitado, levantando a torcida carioca. E Bruninho usou rápido sua melhor arma, acionando Lucão pelo meio. Já William, com mais cartas na manga, fez o Sada provocar a primeira parada com 8 a 5.

Em parte pelo melhor volume de jogo dos comandados de Marcelo Mendez, que conquistaram uma penca de contra-ataques. Desta forma, Wallace e companhia abriram uma vantagem confortável no placar (7/12). Os donos da casa, pressionados, cederam pontos e mais pontos aos mineiros, o que obrigou Fronckowiak a solicitar tempo.
 
A conversa, porém, teve pouco efeito. O RJX seguiu com o expediente de muitos erros, em especial no saque e no ataque. Ao invés de pedir novo tempo, Fronckowiak optou por realizar a inversão do 5-1 com Guilherme e Da Silva (11/19). De nada adiantou. Com uma apresentação quase perfeita, o time de Minas Gerais fechou em tranquilos 25 a 15.

RJX reage e empata a disputa
Apesar da má apresentação do RJX, Fronckowiak optou por manter o grupo titular no segundo set. E a equipe correspondeu bem à confiança, colocando logo 5 a 1 no marcador. A torcida local, até então mais calada, se animou e passou a jogar com a equipe. E o confronto só não ganhou mais ritmo porque os dois elencos desandaram a errar saques.

O RJX, no entanto, se manteve com uma boa diferença no placar, levando Mendez a parar pela primeira vez o duelo (11/6). Aos poucos, o Sada se recuperou, mas não a ponto de assustar a turma de Bruninho, que só perdeu mesmo a concentração depois de uma confusão com o placar, que decretou a parada técnica um ponto antes (15/10).

Mas os mineiros, muito bem marcados, não souberam aproveitar o momento e deixaram o marcador mais uma vez escapar. Com isso, Mendez pediu novo tempo. Depois, colocou Maurício (Leal) e apostou na inversão do 5-1, com Daniel e Sanchez. Nada que abalasse os anfitriões, soberanos para anotar 25 a 18.

Cariocas viram e ficam perto de inédito título

Maurício foi a novidade do Sada no terceiro set. Com isso, Leal ficou como opção. E o Sada se recuperou bem do rendimento abaixo da expectativa, assumindo o papel de dominador. O RJX, no entanto, logo se impôs e roubou o marcador. Desta forma, provocou o tempo técnico com 8 a 6.

A parada fez muito bem aos comandados de Fronckowiak, que voltaram ainda mais seguros para o segundo terço da parcial. Preocupado, Mendez chamou o grupo para uma conversa (13/9). O efeito, porém, foi contrário. O RJX cresceu ainda mais e, no saque venenoso de Lucão, saltou para 15 a 9.

Inspirados, os locais marcaram seguidos pontos, o que fez Mendez a promover a inversão com 11 a 18. Leal também entrou na vaga de Filipe. Os mineiros, porém, continuaram sem força ofensiva. Bem diferente dos fluminenses, que encerraram a parcial no ataque cruzado de Thiago Alves (25/18).

RJX é o melhor do PaísPara dar mais força ofensiva ao sexteto principal, Leal tomou o lugar de Filipe no quarto set. Mas o resultado, ao menos no placar, seguiu todo favorável aos cariocas. E ficou ainda mais difícil no erro duplo de Maurício, que carimbou a antena pela entrada da rede. Insatisfeito, Mendez parou a disputa. 

A Raposa sentiu e não conseguiu mais praticar o voleibol do primeiro set. Nem Wallace rendeu. Diante disso, Daniel e Sanchez ganharam a chance de  mostrar serviço. O problema foi que Bruninho e companhia não deixaram o nível de concentração cair. Theo e Dante também não perderam o faro matador e colecionaram pontos. 

O jogo arrasador da equipe de Fronckowiak fez a torcida antecipar os gritos de “é campeão” nas arquibancadas. E eles ficaram mais fortes no ataque de Theo pelo meio fundo (18/10). Sentindo o caneco cada vez mais próximo, os locais acompanharam os pontos finais de pé. Conquista que chegou no ataque venenoso do oposto, que correu para festejar 25 a 14.




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