22 de junho de 2014

Brasil apresenta bom voleibol e vence a Polônia


O Brasil que todos queriam ver finalmente apareceu na Liga Mundial. Demorou, mas neste domingo (22), depois de preocupar os torcedores com apresentações instáveis e muitas derrotas, a seleção de Bernardinho deu mostras de que ainda tem lenha para queimar. Esbanjando concentração, agressividade e alegria, Murilo e companhia venceram a Polônia por 3 sets a 0, com direito a parciais de 21/25, 16/25 e 17/25. O duelo foi válido pelo Grupo A e rendeu muito mais do que três pontos na classificação. 

Este resultado serviu para os brasileiros ganharem a confiança que precisavam para seguir sonhando com a classificação à Fase Final e também ganhar moral para o restante da temporada. Agora, o time verde-amarelo soma 11 pontos na tabela do Grupo A, mesma quantidade que a Polônia. Por sua vez, os meninos de Stephane Antiga têm dois jogos a menos. E é na semana que vem que eles vão tirar o atraso, quando enfrentam o Irã, e o Brasil folga na rodada. Os sul-americanos voltam a jogar apenas no dia 3 do mês que vem, contra a Itália, fora de casa.


Brasil muda postura e sai na frente
A seleção brasileira começou bem o jogo, mostrando melhor aproveitamento nos saques e ataques. Assim, assumiu a ponta logo no início, mas a Polônia aproveitou alguns vacilos dos rivais para virar antes da parada técnica (8/7). Depois das orientações de Bernardinho, o time melhorou e, na passagem de Lucão no saque balanceado, o Brasil conseguiu dar a volta por cima (10/13). 

Até o segundo tempo obrigatório, os donos da casa voltaram a ficar na frente, graças a alguns erros verde-amarelos de ataque (16/15). Porém, as coisas voltaram a melhorar com Vissotto no serviço e um bloqueio de Rapha (18/21). A Polônia não reagiu, e Lucarelli e companhia fechou em 21 a 25.     

Seleção mantém foco e abre 2 a 0
A postura alegre e ofensiva do Brasil se manteve em quadra no segundo set, quando a turma de Lucão chegou com um bloqueio eficiente, que deu trabalho para a Polônia (5/8). Além do bom volume de jogo, a seleção verde-amarela também contou com um ace de Lucarelli para fazer 9 a 13, obrigando Stephane Antiga a pedir tempo. Mas as orientações do treinador não mudaram a postura dos donos da casa, que seguiram cometendo erros de ataque (9/16). 

Os meninos de Bernardinho mantiveram a concentração e, consequentemente, a mesma qualidade técnica. Assim, a Polônia não teve forças para abalar os sul-americanos, que caminharam bem rumo a mais aos 2 sets a 0. E foi depois de de um ataque de Wallace pela saída que o Brasil fez 16 a 25.     

Brasil fecha o jogo e ganha confiança

A intensidade dos meninos de azul se manteve viva no terceiro tempo. Com altíssimo volume de jogo, proporcionado principalmente pela boa presença de Murilo em quadra, o Brasil abriu 3 a 8. A Polônia, por sua vez, aproveitou as entradas de Bociek, Mika e Klos para não deixar os rivais distanciarem (6/8). O tempo pedido por Bernardinho fez efeito, e o time nacional voltou a se concentrar para abrir 7 a 11.

Com o passe chegando nas mãos de Bruninho, a seleção brasileira se manteve com a vantagem do placar, ao passo que os ataques saíram bem montados e executados. O bloqueio também apareceu nos momentos certos para deixar a partida ainda melhor para os visitantes (10/18). Mesmo com a inversão do 5-1, o Brasil não perdeu o ritmo e seguiu dando trabalho para os europeus. Diante dos erros da Polônia, o time da América do Sul caminhou sem grandes problemas rumo aos 17 a 25. 

Fonte: Saque Viagem.

20 de junho de 2014

Brasil perde para Polônia e fica na lanterna


O Brasil entrou em quadra nesta sexta-feira (20), contra a Polônia, na última colocação do Grupo A da Liga Mundial. E foi na mesma posição que encerrou o jogo. Pressionada pela vitória do Irã sobre a Itália mais cedo, a seleção verde-amarela não conseguiu manter a consistência diante de Kurek e companhia, que jogaram em casa, e perdeu por 3 sets a 1, com parciais de 25/20, 25/21, 28/30 e  25/20.

Dessa forma, o Brasil se mantém com oito pontos e segue na lanterna da chave, enquanto os poloneses vão a 11 e assumem o segundo posto. O Irã é o terceiro, com dez. A esperança de Bruninho e companhia é conseguir três pontos neste domingo (22), quando voltam a enfrentar a Polônia. O duelo está agendado para as 14h30 (de Brasília).


No começo do primeiro set, o Brasil deu pinta de que sairia na frente, já que o bloqueio entrou e os ataques de Wallace estavam funcionando. Mas a Polônia não desistiu e contou com o excesso de erros da turma de amarelo, que entregou dez pontos de graça. Assim, o time da casa não teve grandes problemas para confirmar a vitória, nem mesmo com as boas atuações de ataque do Brasil, que contou com Lucão e Wallace como bolas de segurança. Resultado 25 a 20 para os europeus. 

Os brasileiros pararam de entregar tantos pontos à Polônia e conseguiram se manter na ponta (8/13). As oscilações ficaram por conta dos problemas de recepção de Lucarelli e companhia nos saques flutuantes, mas o ataque fez a parte dele, e os visitantes seguiram bem (13/16). Na segunda metade do set, porém, os poloneses viraram, aproveitando a queda de rendimento na virada de bola e na concentração brasileiras. Mais consistente, a turma de Mika fechou em 25 a 21.  

O terceiro set começou de forma bem equilibrada, com as duas equipes trocando pontos. Mas o Brasil, mais uma vez, não manteve a consistência, tanto no saque quanto na recepção, refletindo a falta de confiança dos meninos de Bernardinho (14/10). Rapha, Vissotto e Lipe entraram para tentar dar vida à seleção, o que surtiu efeito. Na base de uma evolução no saque, principalmente com Lucão, e disposição defensiva, os meninos de amarelo viraram na reta final, mas a emoção seguiu viva, com os poloneses na cola. E foi somente após um ace de Lucarelli que o set foi finalizado em 28 a 30 para os visitantes.

Bernardinho manteve em quadra o mesmo time que venceu a parcial anterior, e a opção, mais uma vez foi acertada. Com saque mais consistente, Vissotto e companhia seguraram a ponta do placar no começo do quarto set (6/8). Mas a recepção brasileira perdeu rendimento, assim como o serviço, o que possibilitou a virada polonesa (15/13). A partir disso, o time de Lucão não conseguiu mais se recuperar e acabou derrotado por 25 a 20.  


Fonte: Saque Viagem

15 de junho de 2014

Brasil derrota Irã, mas segue em situação difícil


Na despedida de Teerã-IRA, Brasil e Irã protagonizaram mais uma longa partida neste domingo (15), pela quarta semana da Fase Intercontinental da Liga Mundial. Desta vez, porém, foram os comandados de Bernardinho que deixaram a quadra na condição de vitoriosos. E o resultado não poderia ter vindo em hora melhor. 

Ameaçados de ficar fora dos jogos em Florença-ITA, Bruninho e companhia respiraram mais aliviados ao marcar 3 sets a 2, com parciais de 25/19, 25/16, 23/25, 23/25 e 15/10, em 1h57 de disputa. Com isso, os brasileiros chegaram aos oito pontos e mantiveram a terceira colocação no Grupo A, enquanto os iranianos caíram para a lanterna, com sete.

A exemplo dos outros encontros, o Brasil enfrentou muita resistência do Irã no encontro deste domingo. E foi assim desde o início, quando os donos da casa abriram em vantagem confortável sobre os sul-americanos. A partir da metade, porém, o time verde-amarelo se aproveitou dos erros dos mandantes para virar. E foi assim até o final. Por 25 a 19, o Brasil levou.

O Irã não se abalou e voltou a incomodar o Brasil na segunda parcial. O sexteto de Bernardinho, no entanto, esteve mais seguro em todos os setores e dominou o confronto. Os asiáticos buscaram mudanças para reagir, mas nada deu certo. Bem superior, a equipe sul-americana manteve os passos firmes para anotar 25 a 16.

A essa altura, os três pontos pareciam mais próximos de Lucarelli e companhia. O problema foi que os brasileiros baixaram a guarda e, com isso, permitiram que os locais gostassem da partida. Como de bobo não tem nada, o Irã aproveitou muito bem os vacilos dos rivais para ganhar terreno. Resultado: o duelo ficou tenso e foi para o tie-break.

Depois de tomar o empate, o sexteto de Bernardinho voltou a acordar no set de desempate. Com um bom saque, os sul-americanos logo colocaram 4 a 2. Lucarelli também esteve bem para, pelo meio fundo, levar a seleção a 8 a 5. Jogando com segurança, Bruninho e companhia seguraram bem os empolgados adversários para fechar em 15 a 10. 

Com 21 pontos cada, Wallace e Lucarelli dividiram os postos de principais pontuadores do Brasil, enquanto Mahmoudi repetiu as atuações de destaque dos outros confrontos e assinalou 25 acertos. Agora, os jogadores se preparam para os jogos da próxima semana. O Irã recebe a líder Itália em Teerã, enquanto o Brasil viaja até a Polônia para encarar os anfitriões.

Fonte: Saque Viagem

13 de junho de 2014

Brasil oscila e volta a perder para o Irã



Menos de uma semana depois de se encontrarem em São Paulo, Brasil e Irã voltaram a dividir a mesma quadra pela Liga Mundial, desta vez em Teerã. E praticamente pouca coisa mudou em relação aos jogos no Ibirapuera. Novamente, a seleção de Bernardinho ficou devendo voleibol. Resultado: no confronto desta sexta-feira (13), os donos da casa acumularam a segunda vitória consecutiva para cima dos sul-americanos, que se viram em uma situação ainda mais complicada ao perder por 3 sets a 2, com parciais de 18/25, 27/25, 20/25, 25/17 e 15/9. 

Mahmoudi foi o maior carrasco dos brasileiros e marcou 24 pontos, contra 15 de Lucão. Foi a quinta derrota dos eneacampeões, que foram a seis tentos e acabaram alcançados pelos asiáticos, também com seis, mas com duas partidas a menos. Precisando da virada para não ficar fora da Fase Final, o Brasil volta a desafiar o Irã no domingo (15), às 13h30 (de Brasília), na casa dos adversários. Os compromissos fazem parte do Grupo A, liderado até aqui pela Itália, invicta nas seis primeiras rodadas.

Engasgado com a derrota no último encontro, em São Paulo, o Brasil mostrou um voleibol mais competitivo no início do duelo com o Irã. Quem não gostou nada foi Slobodan Kovac, que precisou pedir tempo assim que os visitantes fizeram 13 a 9. Mas a seleção de Bernardinho deu de ombros. Em melhor momento, o sexteto de amarelo usou o ataque pesado de Wallace para se manter à frente. Murilo, que jogou no lugar do lesionado Maurício, também se apresentou bem para ajudar os brasileiros a marcarem 25 a 18. 

Mahmoudi e companhia mostraram não estar nada dispostos a frustrar a barulhenta torcida, que fez uma série de evoluções nas arquibancadas. Com a inspiração de seu camisa 1, o Irã subiu de produção e assumiu o domínio da disputa. Já o Brasil, após o bom primeiro set, não apresentou o mesmo volume de jogo. Também não foi tão bem na linha de frente. Ainda assim, a turma de Bruninho chegou à reta final em condições iguais de vitória, após um erro da arbitragem, que deu ponto favorável aos sul-americanos. Os iranianos não perderam a cabeça e fizeram 1 a 1.  

O Brasil reagiu muito bem ao empate do Irã. Controlando bem o saque dos donos da casa, os comandados de Bernardinho permitiram que Bruninho jogasse com a bola nas mãos. Aí, o levantador fez o que quis. Melhor para Lucão, que foi bastante acionado pelo meio. A equipe de branco teve dificuldades para controlar o melhor momento dos concorrentes e, em nenhum momento, conseguiu ameaçar. Muito menos marcar Wallace, que dividiu com Lucão as principais ações ofensivas para levar o grupo canarinho a 2 a 1.

Se tudo deu certo para o Brasil no terceiro set, o mesmo não aconteceu no quarto. Apoiado por sua barulhenta torcida, o Irã pegou a dianteira desde o início. Na tentativa de reverter a situação, o sexteto de amarelo apostou tudo no saque. O problema foi controlar os erros. O cenário começou a mudar a partir do instante que Rapha, no lugar de Bruninho, se deslocou até o saque. Mas a diferença, que era de três pontos, voltou a subir diante da falta de consistência no ataque. Nem a entrada de Lipe evitou o revés por 25 a 17. 

Empolgado com o empate, o Irã foi para cima do Brasil no tie-break. Para isso, os campeões da Ásia usaram a potência no saque para desestabilizar a linha de passe sul-americana. E deu muito certo. Mário Jr. viveu de altos e baixos, o que comprometeu o jogo brasileiro. Diante da fragilidade, Bernardinho precisou parar a disputa. Também colocou o novato Lucas Lóh para dar mais volume. Em vão. Os mandantes do duelo abriram uma vantagem suficiente para chegar primeiro aos 15 pontos. 

Fonte: Saque Viagem

7 de junho de 2014

Brasil vai mal e toma 3 a 0 do Irã


Dentro da máxima de que "em time que se ganha não se mexe", Bernardinho escalou Leandro Vissotto e Rapha no sexteto titular que iniciou o segundo jogo com o Irã, neste sábado (7), em São Paulo. No dia anterior, a dupla havia sido personagem principal do segundo triunfo da seleção na Fase Interncontinental da Liga Mundial. 

Mas, desta vez, a estrela do oposto e do levantador não brilhou. Muito menos da equipe da casa, que não se encontrou em nenhum dos três sets com os asiáticos, vitoriosos em 25/18, 25/21 e. 25/22 Foi a primeira vitória da história  do Irã sobre o Brasil. Não bastassem os problemas já existentes, a seleção ainda ganhou outro após o compromisso no ginásio do Ibirapuera: Maurício torceu o tornozelo direito e deve ficar três semanas fora das quadras.

Com apenas cinco pontos ganhos dos 18 possíveis, o Brasil agora faz as malas e as despacha para Teerã, onde reencontra os algozes a partir da próxima sexta-feira (13). Murilo e companhia precisam urgentemente dos pontos para seguir com chances de classificação à Fase Final. Já o time de Mahmoudi volta animado para casa, com o peso dos quatro pontos no Grupo A e a terceira colocação. 


Com Rapha e Vissotto, Brasil perde primeiro set
Com exceção de Murilo, a equipe titular do duelo deste sábado foi a mesma que protagonizou a vitória no dia anterior: Rapha, Vissotto, Lucão, Sidão, Maurício, Lucarelli e Mário Jr. O que também não mudou foram os erros de saque dos brasileiros, que cederam muitos pontos no início da parcial (5/8). Mas Lucarelli não fez jus à regra e, com dois bons serviços, ajudou o Brasil a empatar em 9.

Com o bloqueio chegando bem, o Irã abriu antes do segundo tempo obrigatório (13/16). Os donos da casa, então, reagiram, mas, com novas falhas na recepção, permitiram que os visitantes recuperassem a vantagem (16/19). A turma de Vissotto até teve algumas chances de contra-ataque, mas não aproveitou e, já sem foco, viveu momentos de desespero, ainda mais depois da torção do tornozelo direito de Maurício, que saiu de quadra carregado. Já sem forças, o Brasil perdeu por 18 a 25. 

Brasil não se encontra e perde mais um set

O Irã seguiu melhor na segunda parcial, em que manteve o bom ritmo na combinação saque-bloqueio, deixando o Brasil em dificuldades. Sem Maurício, que cedeu lugar a Murilo, o time da casa ainda perdeu no ataque, permitindo que os meninos de vermelho abrissem 6 a 8. Mas, embalado pela barulhenta torcida de São Paulo, Lucão e companhia evoluíram no setor defensivo e foram buscar o empate em 9. O bom momento durou pouco, pois a seleção verde-amarela voltou a ficar atrás quando Sidão errou um ataque e Vissotto foi bloqueado (11/14).

Depois da parada técnica, Bernardinho promoveu a inversão do 5-1, mas as coisas não melhoraram para o Brasil, que seguiu cedendo pontos para os adversários. Sem o saque fazer a parte dele, a equipe da casa correu atrás em toda a disputa, enquanto os iranianos seguraram firmes a liderança, amparados pelos bons ataques de Mahmoudi. Na reta final, Lucão resolveu aparecer e preocupar os iranianos, mas com um erro de saque de Sidão, os meninos de Bernardinho perderam por 21 a 25.  

Irã faz 3 a 0, mesmo com reação brasileira
O treinador brasileiro decidiu manter Bruninho e Wallace no terceiro set, e a opção levantou a torcida, que viu em quadra um time mais disposto na defesa e com ataque potente. Com boa passagem no saque, Lucarelli ajudou o Brasil a segurar a ponta (4/3). O volume de jogo também foi melhor que nas parciais anteriores, e os  sul-americanos seguiram na liderança (8/6). 

Mas os visitantes não desistiram, e, espertos, aproveitaram as chances dadas pelos brasileiros, que emplacaram uma sequência de vacilos e voltaram a ficar atrás (15/18). Depois do pedido de tempo de Bernardinho, os anfitriões recobraram a concentração, mas o time de vermelho não sentiu as ameaças e confirmou o triunfo por 22 a 25, após erro de saque de Lucão.


Fonte: Saque Viagem

6 de junho de 2014

Vissotto decide, e Brasil vence Irã no tie-break


Por causa da manhã de caos em São Paulo, que viveu mais um dia de greve dos metroviários nesta sexta-feira (6), combinado com a chuva fina, o ginásio do Ibirapuera não teve sua capacidade preenchida para Brasil e Irã. Em quadra, a seleção anfitriã também não colaborou para animar quem se aventurou a sair de casa. 

Com problemas desde o passe, o sexteto de amarelo teve muito trabalho para fazer o jogo fluir diante dos asiáticos, apoiados por uma pequena, porém barulhenta torcida. Isso até Leandro Vissotto e Rapha serem convocados por Bernardinho no quarto set para mudar a história da partida, muito mais favorável aos visitantes àquela altura.

Por suados 3 a 2 (25/23, 28/30, 26/28, 25/23 e 15/13), a seleção garantiu o segundo triunfo na Fase Intercontinental da Liga Mundial e foi a cinco pontos no Grupo A, ocupando provisioriamente a segunda colocação. Já neste sábado (7), às 10 horas, os brasileiros e iranianos voltam a ficar frente a frente no palco paulistano. Trata-se do último compromisso dos eneacampeões diante dos fãs.

O Brasil entrou em quadra com uma postura mais agressiva e mais concentrada. Com Wallace em quadra, o time amarelo logo tomou a frente do placar. O setor defensivo demorou um pouco mais a se encontrar, mas logo apareceu para proporcionar bons contra-ataques. 

E, no quesito distribuição de jogadas, Bruninho foi bem e colocou todos os atacantes em cena. O Irã, por sua vez, não desistiu e ousou no saque, colocando os brasileiros em dificuldade na reta final (24/23). Mas Wallace não desperdiçou a chance que teve e fechou em 25 a 23. 

O Irã seguiu forçando no saque na segunda etapa, mas o Brasil manteve a postura e segurou a liderança. Mesmo com alguns vacilos na defesa e nos contra-ataques, a turma de Maurício foi para o primeiro tempo técnico com 8 a 4. Os meninos de branco, por sua vez, não deixaram os brasileiros deslancharem, e seguiram dando trabalho na combinação saque-bloqueio (13/12).

Novamente, nos pontos finais, o jogo ficou emocionante (22/22), uma vez que o Brasil não aproveitou os contra-ataques possibilitados e o Irã manteve a pressão no serviço. E foi depois de um erro de recepção de Maurício que o Brasil perdeu o set, finalizado em 28 a 30. 

O bloqueio do Irã atormentou os brasileiros no início da terceira etapa, o que manteve os visitantes na frente (4/5). Mas Sidão mostrou que também sabe bloquear e, com um toco pelo meio de rede, levou o Brasil ao primeiro tempo obrigatório (8/7). A vantagem aumentou após um ace de Bruninho (11/9), mas a festa durou pouco, pois, sem volume de jogo, a seleção verde-amarela seguiu em dificuldades (16/16).

A situação ficou feia à medida que o Brasil também passou a errar na virada de bola, enquanto os rivais mantiveram o bom ritmo (20/21). A seleção deu a volta por cima com a inversão do 5-1, mas a festa não durou muito, pois, com um saque que bateu na rede, os iranianos fecharam em 26 a 28.

Se a tática de sacar em Maurício estava dando certo, o Irã não quis saber de mudá-la no quarto set. E o ponteiro sofreu para colocar as bolas nas mãos de Bruninho. Para amenizar os problemas no setor, Bernardinho apostou em Murilo na posição assim que os rivais marcaram 5 a 3. Quem gostou foi a torcida, que recepcionou com muitos gritos o camisa 8. Logo depois, Rapha e Vissotto também foram convocados para mudar o ritmo do jogo, todo dominado pelos iranianos.

E deu muito certo. O time virou após uma linda largada de Sidão, que deixou vendida a defesa asiática (13/12). Na base do bloqueio, os visitantes voltaram a incomodar, deixando a partida igual (16/16). Lucão, no entanto, tratou de dar fôlego à equipe na boa passagem pelo saque. A turma de Mahmoudi até cresceu no trecho final, mas não houve tempo de evitar o 25 a 23 dos rivais.

Protagonistas da reação, Murilo, Rapha e Vissotto receberam a missão de jogar o tie-break. Tie-break que começou como um resumo de todo o duelo, com bastante equilíbrio. Mas o oposto, com um torpedo pela saída, fez o grupo de amarelo garantir dois pontos de vantagem (4/2). As jogadas pelo meio, ora com Lucão, ora com Sidão, também foram um bom caminho para os donos da casa. Isso até os iranianos acertarem o braço no saque. A recepção sul-americana sucumbiu e permitiu a virada dos oponentes (7/8).

Para buscar a virada, Rapha se apoiou em Vissotto, que correspondeu bem e marcou a maior parte dos pontos, dando novo alento à seleção. E foi do camisa 6 o tento do empate (13/13). O gigante de 2,12m fez mais. Pela saída, em um ataque cruzado, Vissotto decretou a difícil vitória para os donos da casa, fazendo explodir o Ibirapuera.

Fonte: Saque Viagem