23 de abril de 2013

Filho de peixe…


  (Foto: Dhavid Normando/Estadão Conteúdo)

Oi, amores!
Quem gosta de vôlei como eu, com certeza conhece um menino talentoso e simpático que despontou nas quadras há alguns anos, chamado Bruninho. Quem não gosta deve ter ouvido falar, pelo menos uma vez, do filho do Bernardinho e da Vera Mossa, que tem feito bonito como levantador, nas quadras do Brasil.
O fato é que esse menino, o Bruninho, calou a boca de muita gente nesse final de semana e mostrou que, ao contrário do que muitos chatos gostam de dizer, ele não joga simplesmente porque é filho do ex-jogador e técnico da seleção e da ex-jogadora e integrante da seleção brasileira. Infelizmente é assim. Quem tem pai influente precisa mostrar o dobro do talento se quiser ser reconhecido. Suar três vezes mais. Tem que dar entrevistas todo tempo "se explicando". Que droga!
E qual o motivo de eu estar tocando nesse assunto no blog dedicado a mães e pais? Simples! Esse mal atinge muita gente, em todas as esferas. Se o pai é um delegado importante e o filho se torna um policial respeitado, logo vem alguém falando "só porque é filho do fulano", e por aí vai, independentemente da profissão. O problema é que, muita gente, não consegue ver o sucesso do outro sem dar uma desculpa para o seu fracasso. E eu, como mãe, fico chocada com isso! Quer dizer que se uma das minhas filhas decidir seguir a minha carreira, vai ter que se explicar se for boa no que faz?
Claro que existem exceções. Claro que tem gente que se vale sim do parentesco para subir na profissão. Claro que tem muito enganador por aí. Mas no caso do Bruninho, é inegável o talento para o vôlei. Está no sangue, no DNA, na alma. Esse menino respirou o esporte desde cedo. Engatinhou nas quadras, provavelmente aprendeu a andar correndo atrás de bolas. E isso deve ser encarado como uma vantagem sim, mas positivamente. Ninguém tem o direito de questionar se o sobrenome, o parentesco, o colocaram onde ele está. Basta assistir a uma partida com ele em quadra pra saber do que estou falando!
No último domingo (14), como capitão do time do Rio, se sagrou campeão da Superliga masculina (o principal campeonato de vôlei do Brasil). Foi o sexto título do menino de 26 anos nessa competição. Após a conquista, ele desabafou: "Depois dessa vitória espero que essas poucas pessoas tenham um pouco mais de respeito pelo meu trabalho. Poucas pessoas que ainda duvidam do meu talento e do meu trabalho, acham que eu só estou na seleção porque sou filho do Bernardinho, mas eu provo a cada dia que não é nada disso. Sou hexacampeão e não quero que ninguém duvide da minha capacidade", disse o jogador, em entrevista à TV Globo.
Muito bem, Bruninho. Entendi seu desabafo. Mas você não precisa se desculpar e nem se explicar. A sua trajetória e a sua liderança em quadra são os maiores "cala a boca" que podem existir. Que fique o exemplo. E que as pessoas pensem duas vezes antes de desconfiar do talento de alguém.
Beijos,
Pati


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