4 de junho de 2013

Novo capitão, Bruno mantém personalidade dentro e fora de quadra

CBV


MOSCOU, 03.05.2013 – Bruno superou obstáculos, lutou pela posição, trabalhou pesado e chegou ao posto de titular e capitão da seleção brasileira masculina de vôlei por méritos próprios. Em uma das equipes mais vencedoras do mundo, o levantador carrega a responsabilidade de ser um dos principais líderes do grupo atual, formado para o novo ciclo olímpico até 2016. Mas Bruno não faz nada sozinho. O jogador faz questão de dividir com os companheiros a função de condutor deste grupo e, desde já, os méritos que espera alcançar ao lado deles.
- Como está a seleção nesse momento?
Bruno: Estamos iniciando um novo ciclo. O time está muito focado, motivado e se entrosando o mais rápido possível, já que, apesar de manter uma base, a equipe conta com jogadores novos. Consigo enxergar essa vontade de buscar o melhor em todos que estão aqui. Estamos imbuídos do mesmo objetivo, que é manter a seleção brasileira onde sempre esteve. Além disso, já estamos com um grupo unido, apesar do pouco tempo que tivemos juntos. Dá para ver que o time está reagindo muito bem nesse início de trabalho.
- O que o torcedor brasileiro pode esperar dessa nova formação?
Acho que o principal é a filosofia e a mentalidade que a ultima geração nos deixou em relação a trabalho e dedicação. Estamos ralando muito. E, sem dúvida alguma, determinação, vontade e amor de jogar pelo nosso país não vão faltar. O torcedor brasileiro pode ter certeza que vai continuar torcendo pelo Brasil e pode esperar o nosso melhor em todas as partidas. Esse é um grupo aguerrido e que também tem suas qualidades. Além disso, nesse novo ciclo temos jogadores com um potencial de saque muito forte.
- Qual foi a importância dos amistosos contra a Rússia antes da estreia na Liga Mundial?
Nessas partidas, conseguimos pegar um pouco de ritmo de jogo, já que, só no treinamento, não dá pra saber em qual nível estamos. Um amistoso tem uma adrenalina diferente, quanto mais contra a Rússia, que tem jogadores grandes, fortes e que forçam muito o saque. É muito importante ter um teste de fogo como esse para entrarmos bem contra a Polônia na estreia da Liga Mundial.
- Com essa nova formação, tem que haver paciência até o time estar pronto ou o Brasil vai entrar mais uma vez na briga pelo título da Liga?
É difícil não entrar pensando em chegar à final e buscar o título porque foi assim nos últimos anos. E nós vamos continuar desse jeito. É claro que não podemos colocar a carroça na frente do cavalo. Tivemos pouco tempo de treinamento e durante a competição é que vamos conseguir crescer e mostrar o padrão de jogo, mas tenho certeza que vamos lutar muito para estar em mais uma final.
- Qual o prazer de estar na seleção brasileira?
Acho que não tem nada melhor do que poder defender seu país. É o sonho de qualquer jogador. Temos aqui um misto de atletas que estão há mais tempo e outros que chegam agora. E vemos nos olhos de cada um o brilho e a vontade de vencer, de lutar pelo seu país e isso é o mais importante. Não tem preço poder representar a seleção, escutar o hino brasileiro e, no fim, conseguir colher os frutos de todo o trabalho.
- Agora como capitão, houve alguma mudança na sua rotina?
Não muda muita coisa, não. Eu sempre tive essa personalidade de puxar o grupo, de tentar motivar o tempo todo e, por isso, nesse sentido não mudei em nada na minha maneira de treinar e jogar. De repente, o que gera uma certa mudança é por estarmos em um novo ciclo olímpico. Estou partindo para o terceiro e, com isso, a responsabilidade aumenta um pouco. Mas isso está sendo dividido muito bem com os outros jogadores, principalmente os que já estavam aqui. Acredito que as responsabilidades aumentem mais pelo tempo de seleção do que por ser o novo capitão. Esse posto é bem dividido.

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