28 de junho de 2013

Brasil passa sufoco, mas supera a França em SP



No pré-jogo de Brasil e França, a seleção de Bernardinho repetiu como um mantra a palavra paciência. O alerta era para evitar qualquer afobação contra um adversário que tem no volume de jogo sua maior virtude. 

O discurso, no entanto, perdeu força dentro de quadra, nesta sexta-feira (28), no duelo realizado no ginásio do Ibirapuera. Após as boas apresentações nos dois primeiros sets, o Brasil caiu de rendimento e passou a errar além da conta. Neste embalo, a França cresceu, dando a pinta que protagonizaria mais uma zebra nesta Liga Mundial. 

Mas Wallace e William não deixaram. Saída do banco, a dupla do Sada Cruzeiro liderou uma incrível virada no tie-break. Assim, com muito custo, o grupo voltou ao papel de dominador e fechou em suados 3 a 2 (25/20, 25/19, 22/25, 21/25 e 15/12), mantendo-se invicto na competição. 

Com os dois pontos ganhos, Bruninho e companhia foram a 13 e mantiveram provisoriamente a ponta do Grupo A. Os tricolores, por sua vez, foram a sete e continuaram na quarta posição. E um novo encontro já está marcado. Neste sábado (29), às 10 horas, o público paulista abraça mais uma vez brasileiros e franceses.

Seleção se impõe e não dá chance à França
A CBV preparou um show diferente antes de a bola rolar para Brasil e França. Com direito a luzes e vídeos no telão, o público já entrou no clima do confronto. Em quadra, a seleção não teve vida fácil. Os europeus abusaram das mãos dos sul-americanos para pontuar. O time da casa também falhou no saque e na recepção. Com isso, a França fez 8 a 6.

Sentindo a dificuldade do duelo, a torcida do Ibirapuera passou a gritar “Brasil, Brasil”. Os donos da casa cresceram de rendimento e viraram a disputa para 13 a 10, obrigando os adversários a solicitarem o primeiro tempo do set. Mas os comandados de Bernardinho não deixaram o ritmo cair e mantiveram a distância no placar (16/14).
 
Após a segunda parada obrigatória, Bernardinho apostou na inversão do 5-1, com William e Wallace em quadra. Assim que o levantador chegou à rede, os titulares regressaram. De bola em bola, os donos da casa aumentaram a vantagem, animando o público paulista. Desta forma, o Brasil fechou a parcial com 25 a 20.
 
Brasil vai bem no bloqueio e marca 2 a 0
O famoso volume de jogo francês apareceu melhor no segundo set. Atentos, os Bleus não deixaram cair nem bola de segunda de Bruninho, o que fez desaparecer a vantagem verde-amarela. Bernardinho não gostou da queda de rendimento dos brasileiros e solicitou tempo logo após a parada obrigatória.

Das arquibancadas, a torcida resolveu mandar sua energia e gritou a plenos pulmões “Brasil, Brasil”. E os decibéis explodiram no ponto que determinou o empate de Bruninho e companhia (13/13). A partir daí, os brasileiros encaixaram o jogo, enquanto os franceses acumularam erros.
 
O roteiro do duelo seguiu todo favorável ao sexteto de amarelo na reta final, a ponto de Laurent Tillie promover uma série de mudanças, além de queimar pedidos de tempo. De nada adiantou. Diante de um Brasil concentrado, que poucos pontos cedeu, os Bleus viram o set ser fechado em 25 a 19, fruto de um bloqueio preciso de Vissotto. 
 
França se recupera e diminui o prejuízo
Já que a formação inicial não resolveu, Tillie prestigiou Le Goff e Sidibe no terceiro set. O problema foi que o sexteto da casa não abaixou a guarda em nenhum momento. Com jogadas mortais pelo meio e pelas extremas, a seleção de Bernardinho foi em vantagem para a primeira parada obrigatória.

Ngapeth, no saque, reaproximou de forma perigosa os tricolores dos brasileiros, o que gerou vaias dos fãs paulistanos (13/12). Mas, com paciência, a turma de amarelo trocou bolas com os oponentes, mantendo-se na dianteira do marcador por diferença mínima. Isso até o segundo tempo técnico.
 
A parada não fez bem ao grupo, que viu Ngapeth resolver no ataque para colocar a França à frente. Irritado à beira da quadra, Bernardinho pediu tempo. Depois, promoveu a inversão do 5-1. Mas o elenco congelou em quadra e tomou 20 a 16, obrigando o treinador a chamar o elenco para mais uma conversa. Não deu. Por 25 a 22, a França descontou.

Bleus embalam e levam o jogo ao tie-break

Sem disposição para estender o duelo, o Brasil assumiu logo o placar da quarta parcial. A França, no entanto, mostrou que não ganhou duas vezes da Polônia por acaso. Depois do empate em 4, a seleção de azul e branco cresceu, a ponto de tomar o placar para si, para insatisfação de Bernardinho (5/8).

As broncas do treinador acordaram os jogadores, que voltaram com disposição de sobra para virar. E foi isso o que aconteceu. Nos ataques arrasadores de Lucarelli, o time chegou nos adversários. Mas os europeus não se intimidaram com a pressão de dentro e fora das quadras. No saque, Sidibe encheu a mão para colocar os Bleus na liderança.

A situação começou a se complicar com a proximidade da reta final. Em desvantagem, o Brasil desperdiçou saques e contra-ataques. E não foi só isso. Experiente, Dante falhou na recepção. A queda de rendimento fez Bernardinho solicitar tempo. A França, porém, criou uma gordura confortável para faturar o set em 25 a 21.

William e Wallace mudam a cara do set

Vitoriosa nos dois últimos sets, a França se agigantou no tie-break, com direito a um bloqueio simples do levantador Rafael sobre Lucarelli. O Brasil, por sua vez, seguiu sua rotina de erros, ora no saque, ora no ataque. Desta forma, as duas seleções trocaram de lado com 8 a 6 para os Bleus.

Os comandados de Bernardinho seguiram com dificuldades, sem conseguir diminuir a desvantagem. Mostrando ter estrela, o técnico apostou em William e Wallace. A dupla do Sada Cruzeiro se saiu bem e levou a seleção ao empate. E fez mais. Nas falhas dos rivais, o Brasil virou e fechou em 15 a 12, fazendo o Ibirapuera explodir.


Fonte: Saque Viagem

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que achou do nosso blog? Dê opiniões e sugestões para estarmos aprimorando.. Obrigada