6 de junho de 2014

Vissotto decide, e Brasil vence Irã no tie-break


Por causa da manhã de caos em São Paulo, que viveu mais um dia de greve dos metroviários nesta sexta-feira (6), combinado com a chuva fina, o ginásio do Ibirapuera não teve sua capacidade preenchida para Brasil e Irã. Em quadra, a seleção anfitriã também não colaborou para animar quem se aventurou a sair de casa. 

Com problemas desde o passe, o sexteto de amarelo teve muito trabalho para fazer o jogo fluir diante dos asiáticos, apoiados por uma pequena, porém barulhenta torcida. Isso até Leandro Vissotto e Rapha serem convocados por Bernardinho no quarto set para mudar a história da partida, muito mais favorável aos visitantes àquela altura.

Por suados 3 a 2 (25/23, 28/30, 26/28, 25/23 e 15/13), a seleção garantiu o segundo triunfo na Fase Intercontinental da Liga Mundial e foi a cinco pontos no Grupo A, ocupando provisioriamente a segunda colocação. Já neste sábado (7), às 10 horas, os brasileiros e iranianos voltam a ficar frente a frente no palco paulistano. Trata-se do último compromisso dos eneacampeões diante dos fãs.

O Brasil entrou em quadra com uma postura mais agressiva e mais concentrada. Com Wallace em quadra, o time amarelo logo tomou a frente do placar. O setor defensivo demorou um pouco mais a se encontrar, mas logo apareceu para proporcionar bons contra-ataques. 

E, no quesito distribuição de jogadas, Bruninho foi bem e colocou todos os atacantes em cena. O Irã, por sua vez, não desistiu e ousou no saque, colocando os brasileiros em dificuldade na reta final (24/23). Mas Wallace não desperdiçou a chance que teve e fechou em 25 a 23. 

O Irã seguiu forçando no saque na segunda etapa, mas o Brasil manteve a postura e segurou a liderança. Mesmo com alguns vacilos na defesa e nos contra-ataques, a turma de Maurício foi para o primeiro tempo técnico com 8 a 4. Os meninos de branco, por sua vez, não deixaram os brasileiros deslancharem, e seguiram dando trabalho na combinação saque-bloqueio (13/12).

Novamente, nos pontos finais, o jogo ficou emocionante (22/22), uma vez que o Brasil não aproveitou os contra-ataques possibilitados e o Irã manteve a pressão no serviço. E foi depois de um erro de recepção de Maurício que o Brasil perdeu o set, finalizado em 28 a 30. 

O bloqueio do Irã atormentou os brasileiros no início da terceira etapa, o que manteve os visitantes na frente (4/5). Mas Sidão mostrou que também sabe bloquear e, com um toco pelo meio de rede, levou o Brasil ao primeiro tempo obrigatório (8/7). A vantagem aumentou após um ace de Bruninho (11/9), mas a festa durou pouco, pois, sem volume de jogo, a seleção verde-amarela seguiu em dificuldades (16/16).

A situação ficou feia à medida que o Brasil também passou a errar na virada de bola, enquanto os rivais mantiveram o bom ritmo (20/21). A seleção deu a volta por cima com a inversão do 5-1, mas a festa não durou muito, pois, com um saque que bateu na rede, os iranianos fecharam em 26 a 28.

Se a tática de sacar em Maurício estava dando certo, o Irã não quis saber de mudá-la no quarto set. E o ponteiro sofreu para colocar as bolas nas mãos de Bruninho. Para amenizar os problemas no setor, Bernardinho apostou em Murilo na posição assim que os rivais marcaram 5 a 3. Quem gostou foi a torcida, que recepcionou com muitos gritos o camisa 8. Logo depois, Rapha e Vissotto também foram convocados para mudar o ritmo do jogo, todo dominado pelos iranianos.

E deu muito certo. O time virou após uma linda largada de Sidão, que deixou vendida a defesa asiática (13/12). Na base do bloqueio, os visitantes voltaram a incomodar, deixando a partida igual (16/16). Lucão, no entanto, tratou de dar fôlego à equipe na boa passagem pelo saque. A turma de Mahmoudi até cresceu no trecho final, mas não houve tempo de evitar o 25 a 23 dos rivais.

Protagonistas da reação, Murilo, Rapha e Vissotto receberam a missão de jogar o tie-break. Tie-break que começou como um resumo de todo o duelo, com bastante equilíbrio. Mas o oposto, com um torpedo pela saída, fez o grupo de amarelo garantir dois pontos de vantagem (4/2). As jogadas pelo meio, ora com Lucão, ora com Sidão, também foram um bom caminho para os donos da casa. Isso até os iranianos acertarem o braço no saque. A recepção sul-americana sucumbiu e permitiu a virada dos oponentes (7/8).

Para buscar a virada, Rapha se apoiou em Vissotto, que correspondeu bem e marcou a maior parte dos pontos, dando novo alento à seleção. E foi do camisa 6 o tento do empate (13/13). O gigante de 2,12m fez mais. Pela saída, em um ataque cruzado, Vissotto decretou a difícil vitória para os donos da casa, fazendo explodir o Ibirapuera.

Fonte: Saque Viagem

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