24 de novembro de 2013

Brasil passa por Itália e se sagra tetracampeão

Uma vitória sobre a Itália bastava para o Brasil aumentar a hegemonia na Copa dos Campeões. Poderia ser por qualquer placar: 3 a 0, 3 a 1 ou 3 a 2. Como adora uma emoção, a equipe do Brasil deixou para festejar o tetracampeonato na pior das possibilidades. Isso após abrir 2 sets a 0 sobre os comandados de Mauro Berruto, neste domingo (24), em Tóquio.

Mas vitória é vitória. E título é título. E tudo isto é mais valorizado quando se tem um oponente de peso do outro lado. E de camisa. Não por acaso, a comemoração foi na mesma proporção depois que o placar apontou 3 a 2 e parciais de 25/22, 25/22, 23/25, 20/25 e 15/11. Assim como em 2009, 2005 e 1993, é com o hino nacional que as cortinas se fecham na edição japonesa.

Os comandados de Bernardinho dão adeus a 2013 no alto do pódio em um torneio sob a chancela da FIVB. Uma cena que deixou de ser repetida desde 2010, ano dos títulos do Mundial da Itália e Liga Mundial. Foi o maior jejum de conquistas em 12 anos da Era Bernardinho, a mais vitoriosa da história do vôlei verde-amarelo.  

Enquanto o dono da medalha de ouro já está definido, é preciso conhecer os demais integrantes do pódio. Maior algoz dos últimos anos, a Rússia tem tudo para ficar com a prata. Para isso, só precisa vencer os Estados Unidos logo mais. A Azzurra, por sua vez, veste a camisa dos norte-americanos, também na briga, para terminar em segundo.

Brasil fatura o primeiro set 
A seleção teve menos de 24 horas para se recuperar do baque para os russos. E o fez muito bem. Diante de uma Azzurra que tentava marcar a diferença no saque, o time de Bernardinho aguentou firme a pressão e mandou no clássico a partir da primeira parada obrigatória. Até ali eram os azuis que viviam melhor momento.

A turma de Berruto, no entanto, passou a ser mais testada na recepção. Lucarelli foi para o saque e marcou. A cena se repetiu nas rotações seguintes, com Wallace e Lucão. Os europeus sentiram e deixaram os adversários escaparem no marcador. Sustentando bem a diferença, o time de Bernardinho provocou o fim do set com 25 a 22.

Itália cresce no final, mas Brasil faz 2 a 0
Cada vez mais próximo de seu quarto caneco no torneio, o elenco verde-amarelo assumiu as rédeas do segundo set desde as primeiras trocas de bola. Lucão, em boa jornada, não traiu a confiança de Bruninho. Sidão também se saiu bem por aquele setor da quadra. Só Berruto que não gostou e pediu tempo (11/6).

O ritmo dos sul-americanos travou a Azzurra, que não conseguiu mais produzir muita coisa. Com facilidade, o Brasil abriu quatro, cinco, seis pontos de diferença. Isso até Zaytsev chamar o jogo para si. Com uma pancada aqui, outra ali, o oposto levantou a preocupação de Bernardinho, que teve que pedir tempo. O grupo entendeu bem os recados e marcou outro 25 a 22.

Itália diminui o prejuízo
Perdido por perdido, Berruto resolveu arriscar no terceiro set: tirou Travica, o levantador titular, e jogou as fichas sobre Baranowicz, menos conhecido dos oponentes. Kovar também saiu e abriu espaço para Dolfo. Mas a nova formação da Azzurra demorou a dar caldo. O sexteto de amarelo se aproveitou para tomar conta do placar.

Uma situação que não agradou em nada aos europeus, que voltaram a incendiar a partida na virada por 11 a 10. Desde aí, o duelo teve a todo momento troca de líder. E permaneceu até os minutos decisivos, quando tudo parecia mais favorável aos brasileiros, donos de 22 a 20. Mas com  Baranowicz no saque, a Itália foi mais feliz para cravar 25 a 23.

Azzurra leva o jogo para o tie
A reação fez os comandados de Berruto terem a certeza de que poderiam sonhar com um final mais positivo na partida de despedida. Diante do momento dos adversários, que haviam marcado 9 a 6, Bernardinho não titubeou: sacou Mauríco e Sidão e colocou Lipe e Eder. Mas pouca coisa mudou.

Em situação desfavorável, a equipe de camisa amarela teve dificuldade para controlar os potentes saques. O ataque também já não funcionou com a mesma precisão. Enquanto os rivais perdiam força, Zaytsev aproveitava para deixar a Azzurra cada vez mais perto do 25º ponto, bem na porta do tie-break. E foi isso o que de fato aconteceu.

Seleção volta a jogar bem e fecha o jogo
Para quem teve a chance de finalizar o jogo em 3 a 0, disputar um novo tie-break, em menos de 24 horas, poderia ser cruel demais. E a sorte parecia distante dos brasileiros quando Lucarelli, mais discreto do que  o normal, jogou para fora uma bola. Mas o ponteiro compensou no bloqueio, fundamento que ajudou o Brasil na parcial.

A Azzurra também tratou de ser companheira. Na tentativa de minar a velocidade brasileira, errou saque atrás de saque. Foi a deixa para a seleção criar uma pequena gordura. Em meio a tanto equilíbrio, o confronto voltou a ficar perigoso depois do tempo obrigatório. Mas não durou muito. Lucão, com dois torpedos, abriu passagem para a comemoração após marcar 15 a 11. O central acabou eleito ainda o MVP, enquanto Wallace, com 28 acertos, foi o maior pontuador.
 

Fonte: Saque Viagem

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