23 de novembro de 2013

Rússia vence de virada e adia sonho do Brasil

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Com um 3 a 0 ou 3 a 1, o Brasil poderia separar a champanhe para comemorar o quarto título da Copa dos Campeões. E tudo parecia dentro do script sonhado pelos comandados de Bernardinho, que fizeram a Rússia ser mera coadjuvante nos dois primeiros sets do encontro deste sábado (23), em Tóquio, pela penúltima rodada do torneio.

A posição, porém, não cabe ao time que tem mandado e desmandado no cenário mundial desde a conquista dos Jogos Olímpicos. Em uma reação que resgatou Londres, os europeus colocaram água no sonho dos maiores rivais e marcaram 3 sets a 2, de virada, com parciais de 20/25, 22/25, 25/21, 25/17 e 15/9. Muserskiy, com 20 pontos, foi eleito o MVP do duelo.

Foi a quarta derrota seguida dos brasileiros para os russos. A situação, porém, segue sob o controle da turma de Bruninho, que depende das próprias pernas para festejar a conquista. Para isso, basta uma vitória sobre a Itália, neste domingo (24), à 1h10 (de Brasília). Já os russos precisam vencer os Estados Unidos, na sequência, e ainda torcer pela Azzurra. 

Mordido pelas últimas derrotas para a Rússia, o Brasil abriu a “final” da Copa dos Campeões a mil por hora, obrigando Andrey Voronkov a apelar para o botão do tempo antes da primeira parada técnica (5/1). Mas a tática não surtiu lá muito efeito. Errando menos, os brasileiros mandaram nos rumos da partida.

E a diferença só cresceu. Quando Sidão fez mais um ponto de bloqueio, Voronkov novamente parou o duelo. Não deu nem para esfriar os brasileiros, que voltaram à quadra com a mesma disposição. Lucarelli que o diga. Nos bons ataques do ponteiro, o Brasil manteve a gordura. Os russos, no entanto, cresceram e ameaçaram de forma perigosa. Mas não teve jeito. A seleção fechou em 25 a 20.

A recuperação dos europeus teve impacto no início do segundo set, que começou favorável ao sexteto de vermelho. Porém, no oportunismo de Lucão, o representante sul-americano alcançou a igualdade (6/6). A partir daí, os comandados de Bernardinho embalaram e passaram a liderar o marcador.

Em parte, pela inspiração de Lucão no saque. Foram quatro aces apenas na parcial, rendimento que fez o placar saltar para 17 a 12. E tudo indicava que a vitória dos brasileiros seria tranquila. Mas os russos resolveram colocar pimenta na parcial e encostaram (20/18). Para o bem do elenco de amarelo, a reação não passou disso (25/22).

Tomar 3 a 0 do Brasil não estava nos planos da Rússia, disposta a fechar a temporada com o terceiro caneco. Com sangue nos olhos, e com Sivozhelez no lugar de Spiridonov, os campeões olímpicos começaram a escrever outro capítulo de forma perigosa. Isso até Lucão ir para o saque e aprontar das suas, colocando os brasileiros à frente (14/13).

Mas Grankin e companhia não deixaram os oponentes escaparem. Resultado: o clássico ficou lá e cá até o 21º ponto. A partir daí, os europeus emplacaram ponto atrás de ponto, enquanto os sul-americanos pararam em quadra. Neste ritmo, o time de vermelho diminuiu o prejuízo ao colocar 25 a 21 no placar.

Acordar um gigante adormecido custou caro, bem caro aos pupilos de Bernardinho. Com Pavlov, Ashchev e Makarov no sexteto titular, a Rússia ajustou a mão no saque e complicou a linha de passe rival. Para piorar, Muserskiy e Ilinykh não perderam a passagem no ataque, fazendo os russos dispararem no marcador.

Em meio às dificuldades no passe, os brasileiros demoraram a rodar. Bernardinho resolveu então arriscar e tirou Maurício (Lipe). Lucão (Maurício Souza), Bruninho (Rapha) e Wallace (Rapha) também deixaram a quadra. As substituições, porém, não mudaram os rumos do clássico. Superiores em todos os setores, os russos chegaram a 25 a 17 e provocaram o tie-break.

Com a confiança nas alturas, Muserskiy e companhia começaram com tudo o set decisivo, obrigando Bernardinho a pedir tempo. Os brasileiros entenderam bem o recado e alcançaram os russos. A igualdade, no entanto, não durou nada. Mais uma vez Muserskiy e Ilinykh fizeram a diferença no ataque, levando o grupo a uma vantagem confortável (4/8).

Antes de queimar o último tempo, Bernardinho promoveu a inversão do 5-1. Sem conseguir a virada, Rapha e Evandro deixaram a quadra instantes depois. De fora, viram os adversários seguirem firmes no ataque. O bloqueio também apareceu bem. Até combinação errada deu certo. Era, novamente, dia dos russos, vitoriosos em 15 a 9


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