21 de julho de 2013

Rússia dá aula sobre Brasil e fatura tricampeonato

Os brasileiros repetiram aos quatro ventos que a final com a Rússia, na 24ª edição da Liga Mundial, não tinha sabor de revanche dos Jogos Olímpicos de Londres. Ou, mais recentemente, da derrota na abertura da Fase Final. Os primeiros minutos, porém, mostraram uma seleção mordida, praticamente perfeita.

A Rússia, por sua vez, expôs um nervosismo que não lhe é peculiar. Mas os campeões olímpicos, para desespero do técnico Bernardinho, voltaram a ser os homens de gelo de sempre. Foram, também, os homens do saque, do ataque e do bloqueio. Assim, não deixaram sequer os sul-americanos verem a cor da bola.
 

Com uma atuação para ser lembrada, a Rússia festejou o tricampeonato após a vitória por 3 sets a 0 (25/23, 25/19 e 25/19). De quebra, adiou o desejado decacampeonato do Brasil, que não sobe ao lugar mais alto do pódio desde a edição 2010. A Itália, vitoriosa contra a Bulgária, completa o pódio, em uma repetição das posições de Londres.

Brasil começa bem, mas toma virada
A organização preparou um show de luzes à altura de Brasil e Rússia, que jogaram com plateia cheia em Mar del Plata. E a seleção, reforçada por Dante (titular), Leandro Vissotto e Eder, teve um início arrasador, abrindo maiúsculos 5 a 0, com direito a muitos presentes dos russos. Andrey Voronkov imediatamente gastou o primeiro tempo.  


Os russos assimilaram muito bem as orientações e chegaram ao empate antes da parada obrigatória, o que fez Bernardinho parar o duelo (7/7). O combinado de vermelho, porém, cresceu no bloqueio e assumiu a liderança (9/11). Para ficar mais difícil, a seleção custou a vencer a defesa adversária. Lucarelli foi a exceção.
 

Após a segunda parada obrigatória, Bernardinho apostou em William e Vissotto na inversão do 5-1. E deu certo. Na categoria de Dante, a seleção igualou em 19. Lucarelli fez ainda melhor e colocou o Brasil na dianteira. Mas os comandados de Voronkov não entregaram os pontos e alcançaram a virada.
 

Rússia joga muita bola e faz 2 a 0
Se o Brasil começou de forma arrasadora o primeiro set, o mesmo não aconteceu no segundo. O time encontrou dificuldades para passar e rodar, o que fez a Rússia abrir 6 a 2. Preocupado, Bernardinho logo chamou o grupo para uma conversa. Mas a seleção não reagiu e viu os oponentes abrirem 8 a 5.


Depois da parada, o Brasil diminuiu a gordura da Rússia, resultado dos bons ataques de Wallace e Lucarelli. O momento positivo, porém, durou pouco. E graças à passagem consistente de Pavlov pelo saque, o que fez o placar chegar a 15 a 10. Para tentar mudar o panorama, Bernardinho promoveu as entradas de Vissotto e William.
 

Mas, diante de uma Rússia praticamente perfeita, ficou difícil encostar novamente nos campeões olímpicos. Sem alternativas, Bernardinho pediu tempo com 17 a 23 contrários. E a parada foi tensa, com os jogadores cobrando uns aos outros. Em vão. Na bola de xeque de Muserskiy, o sexteto europeu cravou 25 a 19.
 

Russos garantem o caneco
Com 2 a 0 contrários, Bernardinho sacou Bruninho e colocou William no terceiro set. A expectativa era driblar o forte bloqueio russo. Mas os europeus não se perderam diante das armações do cruzeirense. E muito em razão dos saques poderosos de Sivozhelez, combinados com os ataques precisos de Pavlov.


Diante da dificuldade, Lucarelli saiu para a entrada de Maurício. Vissotto e Bruninho também entraram. As mexidas, no entanto, não alteraram os rumos do confronto, e a Rússia se manteve soberana. Não sobrou outra alternativa a Bernardinho que não fosse o pedido de tempo.  


Cada vez mais próximos do tricampeonato, os russos não tiraram o pé do acelerador. Nem Pavlov tirou a mão da fôrma. Vissotto bem que tentou mudar a decisão com bons ataques e saque. Mas não deu. No ataque mortal de Pavlov, que voou sobre a saída, os russos correram para comemorar o tricampeonato.


Fonte: Saque Viagem

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