
A Rússia, por sua vez, expôs um nervosismo que não lhe é peculiar. Mas os campeões olímpicos, para desespero do técnico Bernardinho, voltaram a ser os homens de gelo de sempre. Foram, também, os homens do saque, do ataque e do bloqueio. Assim, não deixaram sequer os sul-americanos verem a cor da bola.
Com uma atuação para ser lembrada, a Rússia festejou o tricampeonato após a vitória por 3 sets a 0 (25/23, 25/19 e 25/19). De quebra, adiou o desejado decacampeonato do Brasil, que não sobe ao lugar mais alto do pódio desde a edição 2010. A Itália, vitoriosa contra a Bulgária, completa o pódio, em uma repetição das posições de Londres.
Brasil começa bem, mas toma virada
A organização preparou um show de luzes à altura de Brasil e Rússia, que jogaram com plateia cheia em Mar del Plata. E a seleção, reforçada por Dante (titular), Leandro Vissotto e Eder, teve um início arrasador, abrindo maiúsculos 5 a 0, com direito a muitos presentes dos russos. Andrey Voronkov imediatamente gastou o primeiro tempo.
Os russos assimilaram muito bem as orientações e chegaram ao empate antes da parada obrigatória, o que fez Bernardinho parar o duelo (7/7). O combinado de vermelho, porém, cresceu no bloqueio e assumiu a liderança (9/11). Para ficar mais difícil, a seleção custou a vencer a defesa adversária. Lucarelli foi a exceção.
Após a segunda parada obrigatória, Bernardinho apostou em William e Vissotto na inversão do 5-1. E deu certo. Na categoria de Dante, a seleção igualou em 19. Lucarelli fez ainda melhor e colocou o Brasil na dianteira. Mas os comandados de Voronkov não entregaram os pontos e alcançaram a virada.
Rússia joga muita bola e faz 2 a 0
Se o Brasil começou de forma arrasadora o primeiro set, o mesmo não aconteceu no segundo. O time encontrou dificuldades para passar e rodar, o que fez a Rússia abrir 6 a 2. Preocupado, Bernardinho logo chamou o grupo para uma conversa. Mas a seleção não reagiu e viu os oponentes abrirem 8 a 5.
Depois da parada, o Brasil diminuiu a gordura da Rússia, resultado dos bons ataques de Wallace e Lucarelli. O momento positivo, porém, durou pouco. E graças à passagem consistente de Pavlov pelo saque, o que fez o placar chegar a 15 a 10. Para tentar mudar o panorama, Bernardinho promoveu as entradas de Vissotto e William.
Mas, diante de uma Rússia praticamente perfeita, ficou difícil encostar novamente nos campeões olímpicos. Sem alternativas, Bernardinho pediu tempo com 17 a 23 contrários. E a parada foi tensa, com os jogadores cobrando uns aos outros. Em vão. Na bola de xeque de Muserskiy, o sexteto europeu cravou 25 a 19.
Russos garantem o caneco
Com 2 a 0 contrários, Bernardinho sacou Bruninho e colocou William no terceiro set. A expectativa era driblar o forte bloqueio russo. Mas os europeus não se perderam diante das armações do cruzeirense. E muito em razão dos saques poderosos de Sivozhelez, combinados com os ataques precisos de Pavlov.
Diante da dificuldade, Lucarelli saiu para a entrada de Maurício. Vissotto e Bruninho também entraram. As mexidas, no entanto, não alteraram os rumos do confronto, e a Rússia se manteve soberana. Não sobrou outra alternativa a Bernardinho que não fosse o pedido de tempo.
Cada vez mais próximos do tricampeonato, os russos não tiraram o pé do acelerador. Nem Pavlov tirou a mão da fôrma. Vissotto bem que tentou mudar a decisão com bons ataques e saque. Mas não deu. No ataque mortal de Pavlov, que voou sobre a saída, os russos correram para comemorar o tricampeonato.
Fonte: Saque Viagem
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