20 de julho de 2013

Brasil dá show, bate Bulgária e vai à final



Protagonistas da segunda semifinal da Liga Mundial, Brasil e Bulgária tinham tudo para fazer um confronto disputado, na noite deste sábado (20), em Mar del Plata. E havia muitos ingredientes para se confirmar a expectativa. 
 
Do lado europeu, um Sokolov em grande fase. Do sul-americano, um conjunto em ascensão. Havia, ainda, dois duelos recentes na conta, disputados em Brasília na fase classificatória. Era conhecimento de sobra para um encontro tão importante. 
 
Na prática, o que se viu foi um embate de um time só, com exceção da terceira parcial. Dando uma aula de voleibol, a seleção do Brasil engoliu a da Bulgária e marcou sonoros 3 sets a 1, com direito a parciais de 25/12, 25/17, 23/25 e 25/16.
 
Um placar que dá moral para a grande decisão do campeonato. Neste domingo (21), no mesmo palco, o quadro verde-amarelo vai atrás do sonhado decacampeonato diante da Rússia, algoz da final olímpica em Londres. 
 
Brasil vence 1º set em ritmo de treino
Já sem Vissotto, contundido, o Brasil teve que escalar Isac na vaga de Eder, sem condições de jogo, para o confronto semifinal. E foi o lado verde que mostrou suas garras, abrindo melhor a disputa. A seleção, porém, não perdeu a linha e alcançou rápido a reação. Reação que passou pelas mãos de Lucarelli, muito bem no saque.

A partir daí, o Brasil cresceu e assumiu as rédeas do confronto. E graças ao bom volume de jogo, o que rendeu muitos contra-ataques. Lucarelli e Wallace não desperdiçaram as chances e abriram 13 a 9, obrigando Camillo Placi a providenciar o primeiro tempo. A conversa não teve resultado, e os sul-americanos, muito concentrados, aplicaram 16 a 11.

O bom jogo dos brasileiros inibiu os búlgaros, e nem Sokolov resolveu para o sexteto de vermelho e verde. Nervoso, Placi voltou a chamar o grupo para uma conversa com 19 a 11 contrários. O problema foi que Lucão, no saque, fez o placar ficar ainda mais dilatado. E foi por ali que Bruninho, de ace, finalizou o passeio em 25 a 12.
 
Seleção mantém pegada e abre 2 a 0
O passeio deu ainda mais confiança ao sexteto verde-amarelo, que não deixou os búlgaros colocarem a bola no chão nos primeiros minutos do segundo set. Diante de mais um show do Brasil, que abriu 5 a 0, Placi sacou Georgi Bratoev e jogou Dimitrov na fogueira. Com o novo levantador, os europeus aos poucos diminuíram a diferença.

A recuperação, no entanto, durou pouco tempo, e o Brasil voltou a recuperar a boa gordura antes da segunda parada obrigatória. Em parte, pelos ataques poderosos de Wallace, que fez a defesa europeia ficar vendida em todos os lances. Não bastasse, a defesa também teve uma boa parcela de culpa para o placar dilatado.
 
Placi não teve outra alternativa a não ser recolocar Bratoev na parcial. Mas não era dia da Bulgária. Era, sim, dia do Brasil, que manteve o voleibol vistoso até a reta final. Antes do 25º tento, William e Lipe entraram na inversão do 5-1. E foi com os reservas que a seleção colocou um ponto final na parcial: 25 a 17. 
 
Bulgária cresce e diminui a diferença
Dez minutos foi o tempo de paralisação entre o segundo e terceiro sets, em razão do regulamento do torneio. A parada esfriou a empolgação do time de amarelo, que começou devagar a parcial. A postura do grupo preocupou Bernardinho, obrigado a queimar seu primeiro tempo no jogo antes da parada obrigatória.

Mas os brasileiros não assimilaram bem as instruções. E a partida, que estava tranquila para Dante e companhia, ganhou contornos mais preocupantes . No embalo dos búlgaros, Aleksiev cresceu e liderou a reação. Isac e Dante descontaram na rede, mas frustraram a recuperação com os erros de saque.

Depois do momento mais difícil, o quadro amarelo recuperou o bom ritmo e encostou nos oponentes, o que fez Placi solicitar tempo (17/18). Os comandados de Bernardinho, no entanto, falharam na reta final. Não bastasse, perderam Dante, que se chocou com Lucarelli e deixou a quadra. Assim, a Bulgária marcou 25 a 23.

Sem Dante, seleção se garante na final
Sentindo muitas dores no joelho, Dante não teve condições de retornar à quadra no quarto set, dando lugar a Maurício.  A mudança não impactou no rendimento dos sul-americanos, que mandaram desde os primeiros pontos da parcial. No embalo dos colegas, o ponteiro reserva aproveitou bem a chance e colecionou seus pontinhos. 
 
A Bulgária voltou a sentir a pressão e tomou ponto atrás de ponto. Bratoev foi o símbolo do descontrole europeu e, ao ser substituído, quebrou a placa com o número de Dimitrov. A arbitragem não gostou da atitude do levantador e lhe aplicou cartão amarelo. Pior então só foi tomar 16 a 9 dos concorrentes.

De bola em bola, a seleção marcou passos firmes até a classificação à final. E nem o erro da arbitragem, que não enxergou a invasão rival, jogou pedra no caminho dos comandados de Bernardinho. Repetindo a grande atuação das primeiras duas parciais, o elenco de amarelo festejou a classificação no ataque firme de Lucarelli, autor do 25 a 16.

Fonte: Saque Viagem

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