1 de fevereiro de 2011

Cimed se renova e segue acumulando vitórias em quadra

Quando time foi criado mal havia bolas e ginásio para treinar






Uma ideia audaciosa que resultou em um projeto vitorioso. Essa é a história, resumida, da Cimed. Hoje, quem acompanha as glórias do clube catarinense, tetracampeão da Superliga, não imagina que lá atrás, em 2005, quando o time foi formado, mal havia bolas e ginásio disponíveis para os treinos.

Persistência, apoio do patrocinador e a aposta em jogadores que deram certo fizeram nascer uma das equipes com mais conquistas na principal competição de vôlei do país.

Com quatro títulos na Superliga, a Cimed iguala-se ao Minas. E olha que estes dois adversários se conhecem como poucos. Foram quatro finais seguidas, com apenas uma vitória dos mineiros.

Em 2011, poucos apostavam em um grande ano para a Cimed. Após o tetracampeonato, o time perdeu importantes peças, contratou outras e, ainda assim, segue no topo, no terceiro lugar da tabela, com apenas duas derrotas, em 17 jogos.

Tantos títulos, atletas convocados para a seleção brasileira, uma torcida apaixonada... Afinal, qual o segredo de sucesso da Cimed? O experiente técnico Marcos Pacheco diz que não sabe e que adoraria saber, mas ele aposta, sim, em conceitos que fazem deste, um supertime:

— Há alguns ingredientes que acredito muito que levem a esse sucesso: disciplina, organização, trabalho, e o dia a dia. Temos uma equipe de trabalho muito boa, competente, e um departamento médico eficiente e atuante, sempre deixando os jogadores à disposição. Além de uma responsabilidade com a vitória — afirma Marcos Pacheco.

Do grupo atual, dois jogadores estão desde o começo do projeto: o levantador Bruninho e o central Éder. Éder é mais quieto, tem a voz baixa, mas sabe muito bem a função que tem dentro da equipe:

— Desde o primeiro dia já está todo mundo dando o máximo. O espírito que a gente criou aqui é de um time que chega em todas as finais, que sempre está conquistando.

Bruninho é a cara da equipe, o capitão e, segundo ele mesmo define, uma “cria da Cimed”, pois foi no clube que “tudo aconteceu”:

— Minha primeira convocação para a Seleção, meu primeiro jogo como titular da Superliga, com 18, 19 anos. Devo tudo a esse projeto.

E o segredo, Bruno?

— O trabalho, o empenho todos, é isso que vai fazer dar certo na hora do jogo. Mesmo com vitórias e títulos, não nos acomodamos. Acredito na equipe, no conjunto. Não nos melhores, mas nas pessoas certas que se encaixam nesse perfil da Cimed, de guerreiros — reflete o levantador.

• A opinião de quem entende, e muito, de vôlei:

Bernardinho: técnico do Unilever e da Seleção masculina
"Acredito que a determinação e a constante busca por bons resultados sejam determinantes para que a equipe conquiste, a cada dia, mais torcedores. Existe uma postura, além de um excelente trabalho, de todos os profissionais envolvidos no projeto. Tive a oportunidade de acompanhar o início do projeto, devido a minha amizade com o Renan,  e sempre houve uma preocupação de se desenvolver um trabalho a longo prazo. O objetivo inicial era mesmo o de criar raízes, como acabou acontecendo. Quanto ao fato do time "perder peças importantes", faz parte do processo. O sucesso da equipe faz com que os seus jogadores sejam valorizados no mercado".
Alexandre Oliveira: repórter, apresentador e comentarista do SporTV
"Acho que o coração do time não mudou. A base está sendo mantida com a permanência do Bruninho, Éder e Pacheco. Ele é um técnico que conhece todos há muito tempo. A química da equipe foi mantida, por isso o sucesso".

Matéria retirada do site: http://www.clicrbs.com.br/

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