25 de setembro de 2012

Bruninho torce por Bernardinho na seleção e diz que ele não o atrapalha


Após Londres, técnico comentou que poderia sair para não atrapalhar o filho. Ao iG, o levantador vê seguir na seleção como decisão correta, mas aconselha só um emprego ao pai.

O futuro de Bernardinho como técnico da seleção brasileira masculina ainda é incerto. Apesar de o presidente da CBV (Confederação Brasileira de vôlei) e agora também presidente da FIVB (Federação Internacional de vôlei) Ary Graça ter comentado que ele seguiria no cargo, o treinador de esquiva. Mas ele tem torcida em casa para continuar no comando. 
"Ainda não conversamos sobre isso, mas espero que ele tome a decisão certa. E eu acredito que a decisão certa para ele é ficar. Mas ele precisa estar com a vontade que sempre demonstrou", disse Bruninho, levantador do time nacional e filho de Bernardinho, em entrevista exclusiva ao iG . 
Bernardinho foi evasivo sobre a questão na segunda-feira, durante a apresentação da equipe da Unilever para a temporada 2012/2013 . "Ainda não falei com o Ary sobre o assunto. Não converso com ele desde as Olimpíadas e ele também estava voltado para a campanha para a FIVB...", comentou o técnico. 
Logo após a medalha de prata em Londres, emocionado, Bernardinho disse que poderia deixar a seleção para não atrapalhar Bruninho . O levantador acha que ter o pai ao seu lado não o prejudica, pelo menos não neste momento. "Ainda não conversamos sobre isso, mas hoje eu acredito que não atrapalha, mas já atrapalhou", afirma. 
"Hoje, a relação que tenho com ele dentro de quadra está ótima. No início, era mais difícil porque ele cobrava muito e eu não entendia porque era só comigo. Hoje vejo que essa cobrança era porque eu era o mais jovem e tem que ser assim mesmo. As cobranças são pelo bem da equipe e do jogador", explica. 
CBV/ Divulgação
Bruninho recebe as orientações do pai e técnico durante jogo da seleção brasileira
Ainda durante as Olimpíadas, foi comentado que Bernardinho poderia continuar à frente da seleção, mas que, por pressão da família, ele escolheria entre a equipe brasileira e o comando da Unilever . Bruninho faz coro. "A única coisa que já falei para ele é que acho que está na hora de ter apenas um trabalho. Unilever e seleção é muito desgaste". 
Mais uma vez, Bernardinho não deu uma resposta direta quando questionado sobre o assunto, fazendo apenas uma cara fechada. O técnico tem contrato com a equipe do Rio de Janeiro até o final desta temporada.
Fora de quadra, o levantador aproveita as vantagens de voltar a morar perto do pai. Bruninho jogava na Cimed e morava em Florianópolis e mudou há pouco para o Rio de Janeiro, quando assinou com o RJX. Primeiro, morou na casa de Bernardinho. Agora, já tem um apartamento no Lebron. 
"Vejo ele como um irmão mais velho. Ele cobra de mim coisas que qualquer pai se preocupa, mas temos uma relação ótima. Fiquei duas semanas na casa dele e foi ótimo poder estar ali. Agora estou morando sozinho, mas é bem perto e, quando estou de bobeira, pego a bicicleta e vou para casa dele", conta. 

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