16 de setembro de 2010


Botafoguense, Bruninho mantém a 


superstição no embarque do Brasil

Em 2006, o técnico Bernardinho também se recuperava de uma lesão no tendão. Seleção viaja para Alemanha antes de disputar o Mundial da Itália


Bruninho, da Seleção Masculina de Vôlei
A superstição é uma crença comum entre alguns fãs de esporte. No futebol, os torcedores do Botafogo são conhecidos por isso. E com o levantador da seleção brasileira de vôlei Bruninho não é diferente. Alvinegro declarado, o jogador acredita que o Brasil pode conquistar o terceiro título Mundial, que será disputado a partir do dia 25 deste mês, na Itália. Mas não apenas por causa dos treinamentos a que os atletas estão sendo submetidos, e sim por um fato que se repete - a lesão no tendão de Aquiles do pai, o técnico Bernardinho.
- Já treinamos com ele assim e foi tudo normal. Ele continua da mesma forma: falando, dando as instruções daquele jeitão dele. Em 2006, ele teve o mesmo problema e fomos campeões. Então, como um bom botafoguense supersticioso, estou confiante (risos) - brincou.
Em 2006, o treinador sofreu o mesmo problema, mas no pé direito. Durante o tie-break do segundo jogo da final da Superliga Feminina, entre Rio de Janeiro e Osasco, ele levou um tombo e rompeu o tendão. Nos jogos seguintes, Bernardinho comandou a equipe carioca em uma cadeira de rodas. No Mundial, esteve à frente da seleção, que se sagrou bicampeã.
Se de um lado o filho acredita em superstição, do outro o pai não quer nem saber de lesão. Liberado pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) para comandar a seleção de muletas à beira da quadra, o treinador, que tirou os pontos da operação na última sexta-feira, diz estar bem para trabalhar. Com o problema no pé esquerdo, Bernardinho passa por um verdadeiro teste de paciência, mas para ele, descansar não é a palavra adequada para o momento.
Bernardinho, técnico da Seleção Masculina de Vôlei
- Que repousar que nada, posso fazer tudo normalmente. Fico de cadeira de rodas porque é mais confortável, mas já estou de muletas. Até a estreia, acho que estarei bem para comandar o time. E isso não influencia muito. Jogamos muito tempo com o treinador sentado. É uma espécie de retorno a 1999, 2000, vamos pensar assim - explicou Bernardinho.
Apesar do incômodo, o técnico mostra confiança no grupo e confirma: todos estão bem para o torneio.
- O time está treinando bem fisicamente, quem está com problema físico sou eu (risos)
O Brasil embarcou nesta quarta-feira para a Alemanha, onde disputa três amistosos contra os donos da casa na cidade de Heidelberg, onde encerra a fase de preparação para o Mundial. O time inicia a luta pelo tricampeonato no dia 25, contra a Tunísia, pelo Grupo B. Na segunda rodada, a seleção enfrenta a Espanha (dia 26), e no dia seguinte o adversário será Cuba.

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